quarta-feira, 30 de março de 2011

VIDA ALÉM DA MORTE

Como a morte é vista em diferentes religiões e doutrinas?


Muito se fala em vida após a morte. Mas, afinal será que ela realmente existe? Assim, vamos analisar os diferentes pensamentos de religiões e crenças.

De maneira geral, católicos, evangélicos, islâmicos e judeus acreditam que após a morte há a ressurreição: a alma do individuo passa a viver em um reino celestial. Já os espíritas creem na reencarnação: o espírito retorna à vida material através de um novo corpo humano para continuar o processo de evolução. Algumas doutrinas acreditam que as pessoas podem renascer no corpo de algum animal ou vegetal. Em algumas religiões orientais, o conceito de reencarnação ganha outro sentido: é a continuação de um processo de purificação. Nas diversas religiões, o homem encara a morte como uma passagem ou viagem de um mundo para outro.

Catolicismo

A vida depois da morte está inserida na crença de um Céu, de um Inferno e de um Purgatório. Dependendo de seus atos, a alma se dirige para cada um desses lugares.
A alma é eterna e única. Não retorna em outros corpos e muito menos em animais. Crê na imortalidade e na ressurreição e não na reencarnação da alma. A Bíblia ensina que morreremos só uma vez. E ao morrer, o homem católico é julgado pelos seus atos em vida. Se ele obtiver o perdão, alcançará o céu, onde a pessoa viverá em comunhão e participação com todos os outros seres humanos e, também, com Deus. Se for condenado, vai para o inferno. Algumas almas ganham uma chance para serem purificadas e vão para o purgatório, que não é um lugar, e sim uma experiência existencial da pessoa. Quem for para o céu ressuscitará para viver eternamente. Depois do Juízo Final, justos e pecadores serão separados para a eternidade.

Evangélicos

Como no catolicismo, os evangélicos acreditam no julgamento, na condenação (céu ou inferno) e na eternidade da alma, mas são contrários a existência do purgatório, visto que o mesmo para eles não tenha fundamento bíblico. Os evangélicos aguardam a volta de Jesus Cristo, a qualquer momento (O arrebatamento), e acreditam que no fim dos tempos, todos seremos julgados por suas ações, o que acarretará na condenação eterna, ou vida eterna em Cristo Jesus e direito a celestial mansão, onde passarão todo tempo adorando a Deus juntamente com os anjos.

Budismo

O Budismo prega o renascimento ou reencarnação. Após a morte, o espírito volta em outros corpos, subindo ou descendo na escala dos seres vivos (homens ou animais), de acordo com a sua própria conduta. O ciclo de mortes e renascimentos permanece até que o espírito liberte-se do carma (ações que deixam marcas e que estabelece uma lei de causas e efeitos). Para libertar-se do carma e alcançar a iluminação ou o Nirvana, o ciclo ignorância, sede de viver e o apego às coisas materiais deve ser abolido da mente dos homens.

Espiritismo

Defende a continuação da vida após a morte num novo plano espiritual ou pela reencarnação em outro corpo. Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rapidamente. Os que praticam o mal, recebem novas oportunidades de melhoria através das inúmeras encarnações. Crêem na eternidade da alma e na existência de Deus, mas não como criador de pessoas boas ou más. Para eles, quem constrói o céu e o inferno é o próprio homem.

Hinduísmo

A visão hindu de vida após a morte é centrada na idéia de reencarnação. Para os hinduístas, a alma se liga a este mundo por meio de pensamentos, palavras e atitudes. Quando o corpo morre ocorre a transmigração. A alma passa para o corpo de outra pessoa ou para um animal, a depender das nossas ações, pois a toda ação corresponde uma reação - Lei do Carma. Os hindus tem tradição de adorarem: ratos, vacas, elefantes, dentre outros animais, e tem o Gandes como rio sagrado.

http://www.aulaensinoreligioso.blogspot.com/

ATIVIDADES DE FIXAÇÃO

1. Diferencie ressureição de reencarnação?

2. Quanto à vida após a morte, comente sobre e ponto de vista defendido por católicos e evangélicos, sabendo-se que são parecidos.

3. O que é o carma para os budistas?

4. Explique suscintamente sobre a vida após a morte para os hindus.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Hermenêutica X Exegese

Hermenêutica: deriva do grego hermenevein, que significa o estudo das técnicas de interpretação.
Exegese
: deriva do grego exegeomai, exegeses, significa interpretação.
Para resumir: Hermenêutica é o estudo das diversas formas e técnicas de exegese (interpretação profunda da Bíblia).

Exegese, portanto, é a denominação que se confere à interpretação das Sagradas Escrituras desde o século II da Era Cristã. O principal objetivo da hermenêutica bíblica é o de descobrir a intenção original do autor bíblico. No caso dos textos da Bíblia o leitor, ao menos racionalmente, não tem acesso direto ao autor original. Por isso é necessário aplicar princípios da hermenêutica (a ciência da interpretação) ao texto bíblico.

Além do fator de separação pessoal entre o leitor atual e o autor original, há outras barreiras para a compreensão. Os últimos e mais recentes livros da Bíblia foram escritos há cerca de dois mil anos atrás. Além da distância de tempo, há diferenças de idioma, pois a Bíblia foi escrita originalmente em hebraico, aramaico e grego. Há ainda diferenças culturais e de costumes que separam os leitores atuais dos autores originais da Bíblia. Alguns exemplos são o sistema de sacerdotes e sacrifícios da Lei de Moisés no Antigo Testamento, e o uso do véu por mulheres no Novo Testamento.

A Importância deste Estudo

  1. O próprio Pedro admitiu que há textos difíceis de entender: "os quais os indoutos e inconstantes torcem para sua própria perdição" (2 Pedro 3:15 e 16).
  2. As circunstâncias variadas que concorreram na produção do maravilhoso livro exigem do expositor que o seu estudo seja meticuloso, cuidadoso e sempre científico, conforme os princípios hermenêuticos.
  1. A Regra Fundamental

A Escritura é explicada pela Escritura. A Bíblia interpreta a própria Bíblia..

  1. Primeira Regra

Enquanto for possível, é necessário tomar as palavras no seu sentido usual e comum.

  1. Segunda Regra

As palavras devem ser tomadas no sentido que indica o conjunto da frase..

Esta regra tem importância especial quando se trata de determinar se as palavras devem ser tomadas em sentido literal ou figurado. Para não incorrer em erros, convém, também, deixar-se guiar pelo pensamento do escritor, e tomar as palavras no sentido que o conjunto do versículo indica.

  1. Terceira Regra

É necessário tomar as palavras no sentido que indica no contexto, a saber, os versos que precedem e seguem o texto que se estuda.

  1. Quarta Regra

É preciso tomar em consideração o desígnio ou objetivo do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras..

  1. Quinta Regra

É indispensável consultar as passagens paralelas explicando as coisas espirituais pelas espirituais (I Cor 2:13).

  1. Sexta Regra

Um texto não pode significar aquilo que nunca poderia Ter significado para seu autor ou seus leitores.

  1. Sétima Regra

Sempre quando compartilhamos de circunstâncias comparáveis (isto é, situações de vida específicas semelhantes) com o âmbito do período quando foi escrita, a Palavra de Deus para nós é a mesma que Sua Palavra para eles.

Bibliografia

Hermenêutica, de E. Lund e P.C. Nelson